sexta-feira, 2 de julho de 2010
um dos motivos
esquenta mesmo. e aí, ela fica lenta até travar de vez.
o twitter, citado como a maravilha da web 2.0, é vítima constante desse tipo de acontecimento. e justamente o serviço de internet que se presta a ser o mais imediatista de todos pela facilidade de uso, pelas diferentes interfaces e por mais se aproximar da ideia do rádio, de estar em qualquer lugar na hora em que os fatos acontecem.
foi assim, agora pouco na derrota do brasil pela holanda na copa do mundo.
esta impossível, há mais de 20 minutos, atualizar meu twitter. e isso é uma vergonha sem tamanho para um serviço que em tão pouco tempo, ganhou tanta importância.
ou talvez precisemos mudar a pergunta feita pelo sistema de o que está acontecendo para será que está no ar?
viva a modernidade, mas viva mais ainda os aparelhos de ar condicionado que fazem a modernidade funcionar sem travar...
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Desespero
Quando a tv surgiu, além do jornal escrito estar ainda vivo e servir de pauta para o rádio, ambos foram sentenciados a morte. E o mesmo aconteceu com a internet, que chegou para matar os ainda vivos. Jornal escrito, rádio, tv e internet ainda coexistem como fontes jornalisticas de informação, mesmo em 2010 e com toda tecnologia já existente.
Mas desses todos, um veículo está sentindo a pressão de forma mais contundente. A tv! Quando você verifica alguns números, percebe que há alguns anos, a televisão está perdendo em audiência e também em dinheiro que chega dos patrocinadores. A internet parece mesmo ter criado uma barreira para o desenvolvimento das televisões, sempre cheias de novelas, jornais superficiais e tudo mais.
Um exemplo disso é o desastre que ocorreu em Niterói, no RJ. O morro veio abaixo, pois antes de ser um morro aquele local era um depósito de lixo, que alguns chamam de aterro sanitário, outros de lixão.
O que fizeram algumas emissoras, falarei da Band e da Globo? Enviaram seus âncoras de telejornais para âncorarem diretamente do local da suposta trajédia anunciada. Fátima Bernardes e Ricardo Boechadt tiveram que improvisar ao vivo, com delay e tudo mais para que suas emissoras ficassem em primeiro lugar na audiência.
É como comentei, a internet está quebrando as barreiras e colocando as televisões como meras coadjuvantes no consumo do produto notícia. Antes mesmo que Ricardo e Fátima, diga-se de passagem são excelentes jornalistas, chegassem ao local, o twitter e sua massiva capacidade de encurtar e facilitar as coisas já tinha estado lá. Estado e ficado, afinal de contas, qualquer um pode contar fatos em 140 caracteres.
Mas?!
Não, nobre leitor, não tem mas! Quem acessa a internet para achar informações vai se deparar com milhares de notícias sobre uma mesma coisa. Uma delas mata 150, a outra, mata 200, tem uma terceira que mata só 119. É algum problema isso?
Não de novo. O que querem os consumidores de notícias hoje? Querem exatamente isso, fazer de conta que entendem o que alguém faz de conta que sabe que escreve e que faz de conta que investigou, que aprofundou o assunto. É irônico saber que a internet é o veículo mais rápido hoje e também o mais superficial. Se antes, nas redações alguém se importava em pesquisar e investigar, hoje, grandes jornais se apoiam em colaboradores via twitter que nem se quer chegam perto de um evento para saber o que aconteceu.
É exatamente o pacto. Eu faço o que você quer. Um jornalismo medíocre para pessoas também medíocres. Ou seja, estão deixando a tv de lado, ao que tudo indica, porque as matérias e materiais produzidos estão longos e densos demais.
Quer moleza?
terça-feira, 9 de março de 2010
Diga-me, o que é um portal?
Quando era criança, é nem faz tanto tempo assim, ouvia meu pai dizer no carro que iríamos passar pelo portal de São José dos Pinhais ou então, pelo portal de Santa Felicidade.
Antigamente, e creio que até hoje em cidades melhores, os portais são monumentos que anunciam ao viajante que ele está chegando ou entrando em determinada cidade ou bairro de uma cidade. E os moradores geralmente sentem muito orgulho das obras, que também geralmente são majestosas e feitas com bastante dinheiro público.
Porém a palavra portal ganhou com o passar do tempo outro significado. Esse significado é até difícil de escrever pois portal hoje é um sítio na internet, controlado por uma empresa que gera conteúdo e que fornece a autenticação para o acesso à internet.
Vamos aos exemplos: UOL –Universo online, da editora Abril, o TERRA, o GLOBO, IG, POP, AOL (só fora do brasil mesmo), MSN, YAHOO e tantos outros por aí afora.
Mas é ignorância de minha parte chamar um portal de sítio da internet. É muito mais que isso. É um portal... Nele você encontrará textos sobre gastronomia, adolescentes, sexo, fotos, sexo, notícias locais, notícias nacionais, internacionais, sexo novamente, e mais notícias e mais editorias e mais isso, mais aquilo.
No apelo comercial, os grandes portais sempre se anunciam como algo que não pode faltar na sua casa. Talvez o arroz da internet, ou então, o feijão da informação. O ovo, o bife ou a batata frita, são outros sites menores e claro, menos importantes, apenas misturas.
E aí, assim como eu, você é levado a pensar em um mundo diante de sua tela. Você navega pelo planeta em seu computador. E finalmente assina um portal. Não é caro, normalmente se você assinar fidelidade, paga 7,90 nos três primeiros meses, 14,90 nos outros 3 meses e depois, paga só 19,90 para ter acesso a todo o conteúdo. Apenas 20 reais por mês para poder navegar por tudo que eu quiser?
Ah sim, isso é lindo. Mas existe uma contra partida muito forte. Independente do provedor que você contrate, ou do portal ou qualquer coisa assim, você sempre terá acesso a diversas outras fontes de informação, igualmente precárias, tendenciosas e feitas por gente que acredita na ampla democracia que a WEB prometeu trazer.
Se antes as informações estavam disponíveis em grandiosas e fedidas bibliotecas, nos manuais, enciclopédias e sei lá mais onde, hoje, você não precisa sair de casa para pesquisar sobre os fungos que atacam os olhos do cavalo cor-de-rosa alazão do lado escuro de júpiter. Alguém já foi lá e postou num site, num blog ou no twitter. Mas os portais trarão isso de forma mais mastigada e com muitos links para você, querido assinante.
E é justamente aqui que começa meu questionamento sobre tudo isso. Até que ponto eu devo considerar bom, benéfico receber uma informação já tratada ou determinada por alguém. Ainda mais, num ambiente tido como o mais democrático do planeta. Ainda, creio que ainda, temos princípios que norteiam a existências desses grandes portais. Porém, a ética, é tão subjetiva quanto prática – tem quem quer, usa que quer e tá tudo certo.
Nos portais, encontramos de tudo e aí chega um novo chefe, colorido, que se propõe a encontrar apenas o que você quer nos portais e te apresenta isso como se fosse um prato lindo de um chef Frances. Um robô que busca as informações que você gostaria de ler, assistir, ouvir, separados para você...
Chamamos isso de democracia? Sim, é uma democracia, afinal de contas ninguém exige que você use qualquer desses serviços. É como a história do cigarro, ninguém te obriga a fumar, fuma porque quer.
Os portais existem para suprir necessidades humanas de acesso a informação. Eu só não sei se a hora que esse generalismo desenfreado completar 30 anos, o ser humano ainda saberá ser mais especialista em algo. Ou então, se ainda terá condições cerebrais de guardar um volume de informação maior do que os 140 caracteres!!!
Ou então, se ele saberá algo mais do que um sítio da internet.com.qualquer coisa.
Democrático? Perigoso? Assustador? Formador?
Isso... Apenas um portal de conteúdo...
E na verdade, assim como a Rede Globo de Televisão, a culpa é de quem: do portal que existe ou das pessoas que fazem uso dele? Somos carentes da informação que esses sítios nos dão, ou somos vítimas dessas empresas, ou da internet...
A discussão continua...
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Quem te informa?
Tudo começou quando um “neto” de Gordon enviou uma mensagem a um amigo próximo do cantor noticiando o ocorrido. O amigo contou para a esposa, que enviou um email para outros amigos. De repente, a notícia estava no Twitter e aí já era tarde demais. O próximo passo foi dado por um jornalista, que exercendo todo o seu conhecimento sobre a verificação dos fatos confirmou a morte.
E isso nos traz uma questão que tem ficado famosa neste espaço: Quem te informa?
A chegada da Internet iniciou uma era de informação abundante, disponível para quem quiser pegar. No entanto, não vivemos mais a era da informação, vivemos uma era da sobrecarga dela. O fato é que alucinados com as possibilidades que a Internet nos ofereceu, sobrecarregamos o sistema em prol da livre troca de conhecimento. Criou-se, ou melhor, criamos um rídiculo padrão de instantaneidade a qualquer preço, que nada tem a ver com o conceito original da web.
Jornais começaram a publicar suas ediçoes online e a atualizá-las a cada minuto. Com isso eliminou-se uma das etapas cruciais do bom jornalismo: a verificação dos fatos. O novo modelo exige apenas que o jornalista escreva algo como “maiores informacoes em breve” e tudo está acertado. Quaisquer erros que possam ser cometidos são perdoáveis, afinal a história completa virá “em breve”. A corrida pelo “furo jornalístico” recomeçava e audiência aplaudia.
Então surgiram as páginas pessoais, que eram meros exercícios de egocentrismo. Tempos depois, vieram os blogs, que cresceram de maneira exponencial em quantidade, mas de maneira inversa em qualidade. Como se isso não bastasse, hoje ainda temos as redes sociais e colecionamos amiguinhos virtuais.
Coroando tudo isso, nasceu o Twitter, uma ferramenta impressionante. Ela nos oferece a incrível oportunidade de contar ao mundo – em tempo real e em não mais do que 140 caracteres – o momento exato em que travamos aquela batalha profunda, o momento exato em que a água bate na bunda. Ou ela serve para algo mais e eu ainda não entendi?
Chegamos ao momento em que devemos nos perguntar: Será que depois de sermos educados no imediatismo mediático, na superficialidade e com 140 caracteres seremos capazes de nos aprofundar em qualquer assunto? Ao que parece, estamos fadados a vida fácil das informacoes mastigadas, incompletas e infundadas.
Transformamos o mundo virtual num excesso desnecessário de informação. Falamos o que bem entendemos, proclamamos meias verdades e, ainda pior, compartilhamos inverdades sem a mínima preocupação em verificar a fonte. Basta apenas um “retweet” para ativarmos este novo modelo de telefone sem fio. E as mentiras vão se repetindo até que se tornem verdades. Sim, nós vivemos a era da sobrecarga de informaçoes, mas não se engane, pois informação nem sempre significa conhecimento.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Quem a gente informa?
Em 2010, a empresa que eu trabalho resolveu não presentear seus funcionários com a maravilhosa agenda de todos os dias e o calendário de mesa com fotos de pessoas lindas e sorridentes. E isso foi muito chato, pois tem coisas ainda mais chatas que eu ainda anoto na agenda de papel. Afinal, o ciclo produtivo do papel é tão imenso que não serei eu a propor algum tipo de mudança.
Uma dessas capas me chamou a atenção. Trata-se da primeira página da edição numero 22.650, do dia 28 de novembro de 1995 do jornal O GLOBO. Por questões óbvias eu não colocarei a capa aqui, mas se puder procure. Ela estampava uma área branca, com PAZ escrito em letras garrafais e uma explicação sobre uma caminhada – Reage Rio – contra a violência.
Aí eu parei para me perguntar algumas coisas. A primeira delas é: qual é o papel da imprensa, do jornalista enfim, de quem informa?
Pois se em 1995 já tinha uma campanha dessa num jornal como esse e a violência só continuo aumentando, sou levado a crer que essa porcaria de capa não serviu para coisa alguma a não ser, enfeitar os arquivos da biblioteca nacional.
Sou levado a acreditar que pensar em comunicação é quase como pensar na verdade da bíblia. Para que gastamos 4 anos ou mais estudando a comunicação, as estratégias da comunicação e tudo que envolve comunicação se na verdade comunicamos para medíocres e reles mortais semialfabetizados?
Até acredito que entre 10, 1 saiba ao mesmo ler e entender, mas isso não muda absolutamente nada. O que precisaria mudar é a grande massa, são os 9 em cada 10. Se uma capa dessa viesse hoje em dia, chocaria muito mais, mas com toda certeza o efeito prático seria nula como já foi. Hoje, quantos morrem e seus corpos aparecem na televisão, e isso ajuda de alguma forma?
Mesmo quando o desgraçado aparece morrendo, não adianta nada, absolutamente nada.
Para que comunicar então?
Se você tiver oportunidade de ver essa capa, ótimo! Se não, imagina apenas o branco com o escrito em preto: PAZ: a cidade de une hoje contra a violência, na caminhada Reage Rio, a partir das 16h, da Candelária à Cinelândia.
Enfim, lindo e belo, referencia, mas o que isso ajudou ou mudou?
É o que eu te pergunto. Quem a gente informa?
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Afinal de contas, o que é midia?
Os jornais nasceram e se tornaram fonte de informação importante para época. O jornalista tinha um papel fundamental de noticiar e informar, certo? Isso mesmo, até que nasceu o rádio. Nasceu no sentido poético da palavra, afinal de contas, ele foi inventado e no início, nem mesmo ganhou força. Mas logo, o jornal era lido no rádio e esse aparelho de impacto imediato ganhou o poder de informar.
Quando o rádio e jornal escrito, junto com as revistas estavam aprendendo a conviver em harmonia, veio a televisão. Em preto e branco no início e logo colorida. Coisa maravilhosa! Nesse meio tempo, apareceu o cinema, que em algumas vezes foi muito utilizado como fonte de informação, digam lá os nazistas da Alemanha.
Vou pegar como parâmetro, o Brasil, e no momento em que passei a me entender por gente. Até 1998, 1999, eu convivia com uma assinatura de um jornal escrito, o rádio - em curitiba começavam as rádios "só notícias" e com a televisão, que já era colorida, linda e coisa e tal.
Se nessa época você me perguntasse: quem te informa?
Sem dúvida alguma eu diria: o jornal, o rádio, a televisão e ainda, algumas enciclopédias que mostravam máquinas, motores, e tudo mais - uma que eu adorava: "Como as coisas funcionam".
Em 1998, com a ajuda de um rolo da minha irmã e com uma ajuda excepcional do meu pai, compramos lá em casa um modem USRobotics 33.6 KBps, com filtro. Isso era algo que me deixava louco - louco de felicidade. Adorava aquele barulho dele conectando nas BBS. Sul BBS, Nutecnet, Livraria Cultura, enfim, a lista de BBS era imensa e cada uma me permitia no máximo 20 por dia. Era demais.
Não correu muito tempo até que eu fizesse uma assinatura num provedor. Era a Supernet. E daí por diante, algumas coisas mudaram.
A primeira delas é que desde essa época até hoje, nunca mais escrevi um carta. Até a época, eu tinha uma amiga nos estados unidos e vez outra, escrevia uma carta para ela. Hoje, se tiver que escrever algo, tem que ser num teclado.
Enfim. De 2000 para cá, posso dizer que hoje quem me informa é a internet. E nela, vários "veículos". Existem grandes portais, blogs, twitter, sites em geral.
Aí eu pergunto: o que é mídia hoje?
A internet é uma mídia? Ou cada uma das facetas da internet é uma mídia diferente?
Antes eu tinha um enciclopédia onde eu buscava algumas informações, e com algumas fotos. E agora? Entra no google e digite algo como diferencial traseiro. Existem até vídeos que contam a história de como o diferencial traseiro foi inventado, isso em "1900 e minha vó dançava"!
Retomo a pergunta: o que é mídia hoje?
Em www.michaelis.com.br, a palavra mídia é difinida com mais ênfase com relação a publicidade. Dessa forma, creio eu que hoje eu não saiba mais definir o que é mídia ou então, o que é conteúdo multimídia. Afinal de contas, hoje na internet, tudo está mais explícito do que já foi. Se quer saber algo, busque e encontrará uma animação com vídeo, texto, audio, e tudo mais.
Mas não existe algo de negativo nisso?
Creio que exista sim. Na verdade, o que eu observo hoje no brasil é uma guerra entre todos os "veículos" de comunicação. A televisão ainda não aprendeu a viver com a internet. O rádio desaprendeu de viver com o jornal e com a televisão. A internet se tornou um amontuado de opiniões e de relatos. O jornal escrito, mingua na busca de sua sobrevivência!
Manter-se informado hoje é um exercício solitário e árduo. Para encontrar as notícias ou informações que você deseja, é preciso paciência e algum tempo. Você precisa procurar e esquematizar sua procura para não gastar alguns trocos.
E claro, que uma empresa já está pensando em nós. O google, através do famoso google news se dispõe a fazer isso. Você informa a ele as áreas de interesse e o mesmo busca para você. Perigoso?
Acredito que sim, pois assim, ele além de te informar, fará ainda pior, filtrará a informação que você recebe de acordo com as vontades dele. É mais ou menos o que a globo faz no brasil com os 190 milhões de habitantes.
Diga-me quem te informa?
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
A primeira vez a gente nunca esqueçe
Eu nunca esqueci da primeira vez que um alguém chegou e me falou sobre a teoria da conspiração. Eu fiquei perdido, sem saber em quem mais acreditar. Naquela época eu era mórmon e me firmei em todas as questões religiosas que me cercavam e de certa forma, encontrei conforto.
Esse mesmo conforto iria embora mais tarde quando justamente no mormonismo eu encontrei uma fonte de críticas. Eu não sabia mais como conviver naquela comunidade, mesmo tendo um grande sentimento por uma pessoa. Estar ali, viver ali, usar terno todos os domingos, chamar todos de irmão, e ainda, ser hipócrita o suficiente de convencer a todos que eu não queria fazer sexo antes do casamento, que eu queria fazer uma missão de 2 anos, provavelmente no nordeste brasileiro, que eu não queria fumar aquele delicioso malboro ou então, não tomar aquela cervejinha gelada!
Ilustrando o que passou, voltemos a condição da teoria da conspiração. Ser mórmon, para mim, foi parte de estar dentro dessa teoria. Aliás, ainda bem que hoje estou livre disso, eu acho.